quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A festa da Taça

Costuma-se dizer que a Taça é muito bonita por causa do cheiro a bifanas junto ao jamor, por causa do folclore e da “festa” habitual. Essas coisas.

Ontem, para os mais cépticos da competição (esses Bine ládanes sabem bem de quem estou a falar) tiveram a prova cabal. A Taça é uma festa. Mas falemos da jogatana dos grandes.

O porto, ah, esse colosso europeu sem petróleo que não precisa de reforços mas que afinal precisa, que não precisa de árbitros mas que afinal até janta com eles, que é sempre injustiçado mas continua a poder utilizar o bruno alves em todos os jogos do campeonato,“jogou”. Três horas, que mais pareciam de um jogo de xadrez (peço desculpa pela comparação, o xadrez é mesmo interessante, o tadinhos – morcões de ontem foi só pastelão) resultam num número impressionante de penáltes (foi o quê? 30? 780? Who’s counting?).

Aquela merda acabou à meia-noite mas giro, giro foi mesmo umas alegadas escutas que foram alegadamente colocadas no alegado youtube onde alegadamente se ouve um alegado presidente dum alegado corruptólio a falar alegadamente de assuntos que poderão não ser honestos. Dizem, que eu não ouvi nada ainda. Também deve ser alegadamente. Felizmente que não andam por aí a circular, não vá alguém começar a imaginar Coisas. Ah, esperem, estão AQUI, nesta página do jornaleiro a bola. Vou pôr noutra cor, por acaso mais amaricada, para se ver bem (e é para se ler em câmara lenta, 'bora lá: CLICAR AQUI.)

Houve ainda um fantástico rio ave – benfica que também demorou algum tempo e que… ui, epah, ui, [cof cof] bem continuemos

E agora vamos ao que interessa.

E vamos por partes, qu’isto é luxo. Chego ao café, ainda não tinha visto nada do jogo, olho descontraído para o ecrã, 4 a 1. Ok, um gajo está calmo, a coisa corre bem e tal. De repente, rui patrício, eeeeeepah, como é que eu posso falar sobre isto, aquilo é indescritível, ele chuta, algures entre a relva, a bola e a atmosfera, a bola, epah, foda-se ó rui patrício que merda foi essa!?

E depois houve porrada.

A culpa é nossa. Sá Pinto ama o Sporting como poucos. E passa-se dos cornos como ninguém. Sabíamos que quando ele foi contratado não ia ter grandes funções (é o Sá Pinto, o que é que ele ia fazer? Gerir?). Estava lá, fazia cara de mau, gritava “comam a relva” e essas merdas. Para gerir, sempre se esperou outra pessoa. Uma que saiba ler, escrever e que gira a testosterona como quem não tem 15 anos. Mas Sá Pinto estava lá, no espaço físico, e isso pode ser problemático. Liedson podia divertir-se em rituais satânicos onde sacrifica cabras e faz rituais de sangue com bebés, podia ser uma assassino em série, todo contente, ou pura e simplesmente gostar de espancar velhinhas. Era a prerrogativa dele. Um dirigente só tinha de o multar (e fazer queixa à bófia, embora eu discorde, porra, a selecção precisa do Liedson!). Mas Sá Pinto é o que é. Um gajo com cara de vampiro, de quem até a Juve Leo deve ter algum receio.

Está de saída de Alvalade. Também era o que faltava se não estivesse. Lamento, Sá Pinto, precisas de te tratar. Falo mesmo a sério, umas sessões de anger management ou assim talvez ajudassem. Mas por favor, baza. Baza mesmo. Cura-te. E volta um dia, como adepto, discreto e calado.

Há coisas que não mudam...

3 comentários:

Morales disse...

lololol

Muito bom post!

Nalitzis Krpan disse...

Então, Morales, já ouviste as escutas?

Morales disse...

Ainda não. Nem sei se as vou ouvir. Por duas razões: primeiro, porque que tenho um medo que me pelo que lá apareça o bigodes a dizer coisas menos próprias (pa não lhes chamar outra coisa). Segundo, porque tenho medo de deixar de futebol português.

A ignorância às vezes é benéfica. Acredito que esta possa ser uma delas.

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