O benfica foi a votos. Que é como quem diz, juntou-se uma pequena comunidade de milhares de taberneiros a grunhir e a ameaçar de morte “garotos” e “arrivistas” (um tipo fica logo surpreso com o desenvolvido vocabulário). Como noutras alturas, a vitória foi “esmagadora” e toda a nação encarnada se encheu de euforia sectária. Foi assim com Vale e Azevedo, morto para o dirigismo (a PJ o tenha), foi assim com o Vilavinho, repito, Vilavinho, e é agora com um histórico sócio do Sporting e da nortada, Vieira.
Em jeito de comparação, mostramos alguns dados estatísticos para exemplificar o poderio intelectual da massa associativa que se deslocou às mesas de vómito.
Rússia:
Medvedev, apoiado por Putin, vence as eleições por 70,3% (Março, 2008) – houve suspeitas de votos desaparecidos na Sibéria.
Angola:
MPLA vence eleições por 81,77% (Setembro, 2008) - não me atrevo a comentar
Coreia do Norte:
Kim Jong Il vence (sem oposição) por 99,9% (Agosto, 2003) - lol
benfica:
LFV vence eleições por expressivos 91,72% (Julho, 2009) - Bruno “garoto” Carvalho escapa milagrosamente vivo das imediações do recinto.
A nação benfiquista respira os mesmos ares democráticos de outros países onde o consenso é deliciosamente imposto. E o povo sorri. O divertido (porque teve mesmo piada) golpe de estado levado a cabo é um exemplo da autoridade moral que grassa pelos lados da luz. “Somos roubados!”, gritam tantas vezes. É verdade. É o próprio benfas que dá o exemplo. Não sabemos é o que o LFV fez ao DVD deste roubo. Mas por aqui ninguém se importa. Como fiel sportinguista sou o primeiro a apoiar a “política” seguida por LFV.
É natural que algum dos taberneiros resmungue “fala mas é do teu clube, o glorioso é muita grande e coiso”. Concordo parcialmente. Importa-me o Sporting acima de tudo. Mas como cidadão devo alertar para estas questões democráticas. Mais do que isso, o estardalhaço que por lá fazem é de morrer a rir. Claro que chama a atenção. Era como ver um choque frontal entre um camião cisterna e um mamute pré-histórico. A coisa é tão bizarra que temos de olhar. E eu olho. E depois lembro-me da última vez que a euforia foi tão grande à volta de um presidente. Chamava-se Vale e Azevedo. E o resto já todos sabemos.
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