Ainda estou desconfiado com o Matías Fernandez. E dizer que é o maior jogador chileno não alivia as preocupações. De há uns anos para cá as novas tecnologias trouxeram um fenómeno novo ao futebol. E há casos em que esquecemos o tipo (habitualmente com bigode) que responde pelo nome de "olheiro". Troocamo-lo pelo Youtube ou, como parece ser habitual pelos lados da luz, pelo jogador FM (ou CM, também se aceita).
No primeiro caso são jogadores que fizeram umas fintas e uns golos brutais que ficaram registados, pouco importando se foi tudo no mesmo jogo. Epah, se o gajo faz aquilo contra o Cucujães, então deve ser espectacular, assume-se. O segundo caso baseia-se em características fictícias (lembram-se do Diego Souza? No FM 2005 passava a vida a comprá-lo: bom e com um preço acessível).
De Matías Fernandez conheço pouco. Espero que não seja barrete. Não gramo pagar balúrdios. Diverte-me o que a nortada e a benfalhada gasta em autocarros sul-americanos, à espera da próxima grande estrela. Eu sou mais comedido. O Liedson era piada quando cá chegou. A maior parte das pessoas não o conhecia. E depois começou a marcar golos. E já facturou mais golos do que os minutos que o Balboa (piada fácil, pobre coitado) esteve em campo.
Quanto ao Matías Fernandez, estou confiante, apesar de tudo. Deixem-no ganhar ritmo, dêem-lhe tempo e se estiver motivado a coisa corre bem. Não vou é em euforias patetas. Não se fazem grandes capas, com letras muito gordas, quando o espírito é o correcto. Mas o Sporting funciona melhor assim, com uma elevação clara perante a histeria que, todo o santo defeso, assola a nossa imprensa desportiva.
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