sexta-feira, 31 de julho de 2009

Os "castigos" da justiça desportiva nacional

O Público de hoje titula, e muito bem, "Paulo Bento fica um mês de castigo por ter criticado a arbitragem em Novembro de 2008".

A pena idiota tem um efeito: afastar o treinador nos dois primeiros jogos do Sporting, contra Nacional e Sp. Braga. Dois jogos complicados que já dão a entender como se vão comportar as "instituições" que gerem o nosso futebol. Toca de punir já, para se prejudicar o Sporting mal o campeonato comece. Táctica de gente que mostra o seu nível nestas pequenas, vá lá, incidências.

Podemos ainda relembrar como se comportam: a punição de um mês parece uma coisa exemplar, mas quando os efetios práticos são ("apenas") dois jogos, também se mostra que tomates é coisa que por lá não abunda. Faz lembrar outra pena recente - fc porto, são corruptos? Somos, sim senhor. Ai é? Então vamos retirar-vos 6 pontos num campeonato já entregue para ver se aprendem a lição. Claro que aprenderam. O porto e todos nós: o crime no futebol compensa. E não é pouco.

Finalmente, a fabulosa rapidez da justiça desportiva, sempre pronta a competir com a impressionante velocidade com que são julgados processos (especialmente os mais mediáticos) por cá. Prolongue-se no tempo, para quê trazer credibilidade quando é devida? Deixa andar, depois prescreve ou absolve-se já sem ninguém ligar à coisa. Fátima Felgueiras agradece esta postura. Anos de caciquismo devidametne recompensados.

No futebol isto já se tornou hábito e é algo que afecta todos os clubes. Já o vimos com jogadores, punidos meses depois noutros jogos por merdas que fizeram há muito tempo atrás. E que deviam ter sido punidas na altura certa.

Mas a putaria continua. Chamar dirigismo a uma comunidade em que boa parte dos intervenientes só se preocupa em dirigir as suas negociatas é, no mínimo, hipócrita. Vai bem, isto por cá. E ninguém de bem e com poder se queixa. Deixar andar é o melhor remédio. O que este pessoal que tutela o futebol precisava, antes de ser corrido, era sentá-los todos em fila e, a eito, pregar dois estalos a cada um daqueles cabrões - a maior parte deles já teve muito tempo para mostrar e comprovar o seu nível. Duas chapadas de desprezo para ver se atinam. Antes que fodam até à morte o já moribundo futebol nacional.

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