quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sporting bem se esforçou por perder a eliminatória mas não foi possível.

E ainda bem.

Faltavam uns 15 minutos para acabar o jogo e o meu comentário foi qualquer coisa como, O que me dá esperança é saber que o futebol muitas vezes é injusto, somos capazes de ganhar sem fazer nada por isso. Dito e feito. Vi o Rui Patrício a subir no terreno e, meio a sério meio a brincar, disse, Queres ver que é golo? Pimbas. Uma confusão pegada, e o Sporting passa a eliminatória com um golo com méritos divididos entre o nosso guarda-redes e dois adversários. Eles marcaram no primeiro minuto. Nós no último. Também se acagaçaram todos quando tinham mostrado que podiam ganhar a coisa. Temos pena.

A verdade é que o Twente não jogou nada. Eles não mereciam estar a ganhar. A incrível proeza é que o Sporting merecia estar a perder. Jogámos tão mal que, mesmo que o jogo fosse contra nós, éramos capazes de perder.

Salva-se o Miguel Veloso, que não jogou nada de fantástico mas que já mostrou mais este ano do que em todo o ano passado. E a certeza de que Caicedo é jogador. Tenho muita confiança nele, vai ser um dos grandes reforços no nosso campeonato.

De resto, tanto passe falhado até nos tirou a alegria de, a dada altura, termos sete jogadores em campo da formação do Sporting. E o Yannick, que grande porra, nem com a Floribela a coisa evoluiu. Se continua assim segue o mesmo caminho do Carlos Martins. Anos consecutivos de “esta é que vai ser a época de afirmação” e depois fades away into the eter.

Mas ganhámos. Com sorte, confusão, parvoíce do Twente (que também tem mérito na derrota), tudo se conjugou para um imenso alívio. E boa, Patrício. Ainda tem muito que evoluir. Mas esperemos que se aplique. Até porque há já algum tempo que não temos um guarda-redes a sério na selecção.

Mas, porra, temos que trabalhar. Ontem ninguém corria - e em campo não estavam equipas da dimensão da Liga dos Campeões. No próximo jogo a sério quero ver muito, muito mais.

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